8.2.06

Sentado nos Degraus

Jerônimo, a voz arfante, os olhos claros, na escada logo atrás o velho com a barba caindo no peito, os cabelos desgrenhados entrando em suas orelhas, o olhar vago de seu José na escada, o papel escuro em uma mão, o lápis mordiscado na outra, o paletó de Jerônimo, a caneta pendurada no bolso da frente, as moedas no parapeito da janela, duas moedas da mesma face. “O que ele escreve ali?”, perguntei. “Não escreve nada. Não sabe escrever, e é surdo.” Com seus olhos ainda voltados para o céu, acenei um adeus quando desci as escadas, gesto inútil. Seu José fitava as nuvens do mesmo modo que fazia quando cheguei.

8 Comentários:

Anonymous Anônimo disse...

"dmwjpdnn"

Lírico ao extremo, por falta de adjetivo melhor.

4:59 AM, fevereiro 08, 2006  
Anonymous Anônimo disse...

A imagem do ancião me veio aos olhos...

11:50 AM, fevereiro 08, 2006  
Blogger Gustavo disse...

Muito bom o conto, e despretensioso.
Estou na dúvida entre o seu e outro por enquanto.

12:44 PM, fevereiro 08, 2006  
Blogger Carmem Luisa disse...

Vai continuar o texto?

2:52 PM, fevereiro 09, 2006  
Blogger Vanessa Anacleto disse...

Pude ver o Velho tb. :-)

5:33 PM, fevereiro 09, 2006  
Blogger Iris de Oliveira disse...

oi! brigadu pela visita, assista o filme sim meu querido

bju

6:50 PM, fevereiro 09, 2006  
Anonymous Anônimo disse...

me lembrou Cortazar!
E olha que isso é um puta elogio! rs...

3:17 PM, fevereiro 10, 2006  
Blogger marcio castro disse...

realmente tem um pé no lirismo. abraços cara!

12:55 PM, fevereiro 12, 2006  

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