continua em amsterdã
ok, a vida é, de um ponto de vista muito parcial, um vaivém eterno de pessoas, uma corrente eterna que nunca se mantém estável, sempre perdendo alguns de seus membros e ganhando novos, um pouco como um trem que continua a rodar sem parar, e os passageiros se despedem em dezenas de estações pela cidade.
gustavo é um de meus melhores amigos justamente porque com ele eu consegui me manter sentado, por alguns anos, na janela do trem, vendo um monte de passageiros descendo, subindo e descendo mais uma vez. gustavo se manteve ao meu lado, sempre. às vezes resolvemos nos sentar um pouco mais afastados, mas sempre no mesmo vagão.
se isso não é motivo o suficiente para que seja realmente feliz o fato de que ele comemora agora mais um ano de vida, prefiro que os aniversários sejam permanentemente abolidos.
feliz aniversário, guga. te encontro na janela da direita logo depois da porta, atrás da ruiva e entre o baixinho narigudo e o estranho com um piercing.
gustavo é um de meus melhores amigos justamente porque com ele eu consegui me manter sentado, por alguns anos, na janela do trem, vendo um monte de passageiros descendo, subindo e descendo mais uma vez. gustavo se manteve ao meu lado, sempre. às vezes resolvemos nos sentar um pouco mais afastados, mas sempre no mesmo vagão.
se isso não é motivo o suficiente para que seja realmente feliz o fato de que ele comemora agora mais um ano de vida, prefiro que os aniversários sejam permanentemente abolidos.
feliz aniversário, guga. te encontro na janela da direita logo depois da porta, atrás da ruiva e entre o baixinho narigudo e o estranho com um piercing.
5 Comentários:
Esse é um presente de aniversário melhor do que eu esperava, pois eu jamais poderia esperar por um texto sobre mim aqui no Canetagens.
Gosto muito das metáforas que o Gabriel cria, como se as tirasse de um teclado-cartola ou, mais apropriadamente, de um dos livros do Cortázar. Mas o texto não tem só código, tem mensagem: É uma honra pra mim fazer essa viagem em companhia de um cara que ainda tão novo já sabe tanto da arte e da vida (o que não o impede de fazer esporádicas cagadas com teor didático).
É um texto fantástico também, pois propor a abolição dos aniversários, ainda que sob determinadas condições, é algo que rompe com o entediante padrão textual de texto inteligível.
E o final do texto, então, soube arrematar com tom cômico-fantástico a homenagem (da qual ainda pergunto se sou mesmo digno): pois, afinal, se parecem estranhas essas figuras pitorescas descritas nas últimas linhas, quem garante que não haja, em outra realidade, outro tempo, outro mundo ou dimensão, exatamente isso que o Gabriel descreve: uma longa viagem de trem.
Vou contigo até a última estação, meu grande amigo!
Abraços!
Adorável homenagem =]
Oin! Até eu 'tô com ciúmes de você ter deixado homenagem no teu blog pr'o Guga e pr'a mim não! mimimi.
Eu também tô com ciúmes.
Revisa esse texto, guri. E continue tentando não parecer um moleque chato e mimado. Tá dando certo.
-M.
bonitinho o seu texto... mas revise mesmo. revoltou-se com as maiúsculas foi? agora entra em meu blog que eu postei coisa nova :)
Postar um comentário
Assinar Postar comentários [Atom]
<< Página inicial