de não voltares logo à beira de asfalto, prédios e carros de toda a parte do país
não, não volte logo, por favor, não volte logo; não enquanto você ainda estiver dançando na frente dos meus olhos, valseando com os pés vermelhos e pontiagudos de sua sapatilha de couro, os cabelos longos voando, voando como voam os seus olhos para os meus, e esse sorriso que se abre e se esparrama pelo meu rosto, me cobre de um calor repentino, e o seu dançar já me faz dançar com os olhos, me faz ficar vesgo, faz com que eu me perca no meio daquelas escadarias na mesma avenida de sempre em que finalmente pudemos nos abraçar e fechar os olhos para o mundo, e seus lábios cada vez mais quentes, cada vez mais ligados aos meus, como que estabelecendo um êxtase entre os dois, como se fossem dois peixes que nadassem no oceano procurando o entrelaçar perfeito entre eles, e aí se não me engano seria a parte da história em que eu começaria a perguntar mentalmente como tudo tinha acabado assim, como um beijo roubado na frente de um restaurante vagabundo às oito da noite poderia causar tantos calafrios ao mesmo tempo, poderia jorrar fluxos de reflexões por nossos olhos como rios, faria com que minha mente começasse a pular como pula agora, querendo de qualquer maneira fugir daquele crânio que a aprisionava, aquela cabeça que já não podia ser a mesma, porque já não mais pensava como antes e
2 Comentários:
Por que você apagou meu comentário anterior?
Lindas palavras...
Sinto sua falta no msn.
Não suma =]
beijos.
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